Ao longo de toda a
obra Os Lusíadas, Luís de Camões glorifica e enaltece a imagem dos portugueses, recorrendo
a hipérboles,principalmente quando narra os perigos que a armada de Vasco da
Gama teve que enfrentar, sendo os principais o Gigante Adamastor e a Tempestade.
Quando os portugueses enfrentam o Gigante
Adamastor, deparam-se com um ser gigante e poderoso que lhes conta a sua
história.
Penso que este Gigante é apenas uma alucinação dos navegadores porque,
o que de facto existia, eram nuvens escuras (corpo do monstro) e o som do mar
contra as rochas (voz do mesmo). Os marinheiros não se debatem com um
verdadeiro monstro, mas com o seu próprio medo daquele lugar, o Cabo Bojador.
Para enaltecer a imagem dos portugueses, Camões não demonstra que é o medo que
se apodera do herói, mas um monstro poderoso com o qual se têm que debater
corajosamente.
Quando estão prestes a
chegar à Índia, os portugueses, deparam-se com uma enorme Tempestade.
Durante
este acontecimento, passam bastantes dificuldades e temem pela própria vida.
Nessa altura, veem como sua única salvação, invocar Deus, rezando. Penso que
isto transmite uma imagem de vulnerabilidade e de submissão a Deus pois, apesar
de serem heróis, de terem colecionado triunfos, de serem um povo
grandioso, também têm um lado frágil e um
lado católico.
Concluindo, toda a obra tem como
principal objetivo relatar e glorificar os feitos dos portugueses, através dos
perigos encontrados e das dificuldades emocionais superadas pelos navegadores (sofrimento,
medo...).
Catarina Silva
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