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domingo, 10 de fevereiro de 2013

Amor Eterno?

                                                                                                       
                                                                             Lisboa, 3 de fevereiro de 2013
    Meu amor,
Pensei muito antes de te escrever, mas resolvi fazê-lo pois acordei cheia de dúvidas. Não conseguia afastar da minha memória o nosso encontro de ontem. Lembras-te? A tarde morria lentamente. O sol descia no horizonte, tingindo de vermelho as nuvens que se avistavam ao longe. Caminhávamos na praia, de pés descalços e, às vezes, a espuma de uma onde mais atrevida vinha até nós e afastávamo-nos, rindo, de mãos dadas. Tudo parecia calmo e só se ouvia o grito de uma ou outra gaivota que cortava os ares num voo rápido. Sentia-me feliz, plenamente feliz. Perguntei :" Amas-me?" Não respondeste, mas sorriste. Sentámo-nos na praia e tu escreveste o meu nome na areia, seguido da palavra “amor”. Olhei, encantada, mas uma onda mais forte invadiu a praia e apagou as letras desenhadas. Senti um arrepio de frio e estremeci. Então, de novo, a tua mão traçou “Eternamente”. E, outra vez, uma onda ainda maior molhou a areia e da palavra toda ficou apenas “mente”. Sinal? Presságio? A angústia e a dúvida encheram o meu peito.
Mais tarde, em casa, mal consegui dormir. Posso acreditar no teu amor?
Por favor, responde à minha angústia com sinceridade!
Um beijo,
Margarida.

Beatriz Manuel

Carta para um amigo imaginário...

                                               Para: Um amigo imaginário chamado Fred
Olá, Fred!
Hoje, assistimos a uma espécie de palestra sobre o bullying e a violência.
Aprendemos as diferenças entre cada um: violência é agressão física e/ou psicológica no “calor” do momento e bullying é a agressão sistemática/repetitiva da vítima.
Eu acho que só há três razões para as pessoas fazerem isso: fazem-no sem querer, ou seja, não sabem que estão a magoar a outra pessoa; têm muitos problemas, em casa, na escola, problemas em socializar e  por isso  descarregam a sua raiva, tristeza e amargura nos outros; ou então são estúpidas e fazem-no por gozo, para se gabarem e “marcarem território”.
Admito que, no 1º ciclo, também fui vítima dos comentários e bocas das outras pessoas, em relação à minha cor. Sempre via as minhas amigas a falarem de rapazes e a gabarem-se que este e aquele gostavam delas e coisas do género. Por isso é que sempre me senti um bocado à parte, porque me achava feia, horrível, um monstro. Mas, ao longo destes anos, fui aprendendo a valorizar-me e a gostar de mim pela minha personalidade.
Neste momento, deves estar a rir de mim, porque há quem tenha problemas muito piores e, provavelmente, eu esteja a ser um pouco dramática, mas era assim que me sentia e fico aliviada por finalmente dizer isto a alguém.
E tu, como estás? Diz qualquer coisa.
Beijinhos,
Mariana.